O Montreux Volley Masters é uma competição realizada anualmente na Suíça desde 1984, sendo reconhecida pela FIVB (Federação internacional de Vôlei) em 1988. Na maioria das vezes, conta com seis ou oito equipes participantes, mas esse número varia de ano para ano. O campeonato já foi conhecido por outros nomes. Em 1988 e 1989, foi chamado de Coupes des Nations e de 1990 a 1996, de BCV Volley Cup.  O primeiro país a ser campeão no torneio foi Cuba, que também detém o maior número de títulos (nove no total). O atual campeão é o Japão.

O Brasil conta com oito medalhas na competição (cinco de ouro, duas de prata e uma de bronze) e fez a sua última participação em 2009. Devido à preparação para as Olimpíadas, o evento não foi realizado em 2012. Para a edição de 2013, o Brasil está na chave A e enfrenta a China, Rússia e Suíça, estreando no dia 28 contra a seleção anfitriã. Além desses países, também estarão presentes Alemanha, República Dominicana, Japão e Itália. 

                                

@nath_fv

Convocadas para a Seleção Feminina Adulta de Vôlei

Centrais: Angélica (Amil/Campinas, no centro da foto), Bia (Sesi);
Levantadoras: Claudinha (Minas), Dani Lins (Sesi);
Ponteiras: Ellen (Pinheiros), Michelle (Praia Clube, à esquerda), Priscila Daroit (Campinas);
Opostas: Monique (Praia Clube, à direita), Tandara (Sesi);
Líbero: Suellen (Campinas).

Uma reunião entre a CBV, os clubes, seus treinadores e atletas, e claro, a atual detentora dos direitos de transmissão da Superliga, a Rede Globo, discutirá, na próxima segunda-feira, 29, as mudanças nas competições de vôlei brasileiras - inclusive de seu calendário, alvo constante de críticas dos atletas por conta do desgaste físico de uma partida após a outra e dos clubes, por não conseguir patrocínio pela pequena exposição das marcas na curta temporada. De acordo com o jornal Lance!, o suposto novo calendário, além de prolongar a Superliga, terá outras competições. 

Além dos irmãos Endres e de Vittorio Medioli, representante do Sada/Cruzeiro, como dito anteriormente no Linha das 5, um dos responsáveis pelas mudanças no campeonato nacional é Bernardinho, técnico da equipe feminina Unilever e da seleção masculina. Ainda segundo o jornal, a Superliga terá seus jogos disputados nos fins de semanas deixando os outros dias para treinos ou outras competições, regionais e internacionais. Nos planos, também, novas competições: a Copa do Brasil e a Copa Sul - Americana - que será apenas uma substituição do atual Campeonato Sul - Americano; além da criação do Jogo das Estrelas, desejo declarado há tempos pelo bicampeão mundial Gustavo Endres, como forma de divulgar o Voleibol no Brasil. Para acompanhar, o Mundial de Clubes de 2014 passará de outubro para maio. "Conseguimos, e se aprovado, montaremos um belo conjunto de datas e novas competições para a proxima temporada. Importante ressaltar o empenho de todos: CBV, clubes, atletas, técnicos e a Rede Globo em melhorar a nossa Superliga.", diz Gustavo. E completa: "Teremos a tão esperada reunião com todas as partes citadas e espero que todos pensem no bem da competição para que estes mesmos possam crescer criando assim raízes." 

Previstas pela prévia do calendário, as Olimpíadas de 2016 afetarão as competições dos clubes, que terminarão mais cedo para uma melhor preparação das seleções masculina e feminina. 

Depois de uma Superliga emocionante com a vitória do RJX, não podemos deixar de postar algumas estatísticas da competição para nossos visitantes. No saque, a melhor equipe no fundamento foi a Sada/Cruzeiro com 112 acertos. Mas quem se destacou e levou o prêmio de melhor sacador da Superliga 2012/13 foi o central número 16 do RJX, Lucas Saatkamp, com 32 aces. Já no fundamento bloqueio, a equipe carioca também lidera as estatísticas com 248 bloqueios e tem, novamente, Lucão como maior pontuador com 88 pontos. Mas quem levou o prêmio foi Maurício, do VIVO/Minas com 71.

A equipe que mais virou bolas foi a SESI-SP, com incríveis 1.171 viradas. Logo atrás vem a Medley/Campinas com 1.163 ataques. O grande atacante dessa Superliga foi o menino Lucarelli, com 309 pontos só nesse fundamento. Rivaldo, da equipe campineira, ficou atrás por apenas 4 pontos, marcando 305. O premiado foi o cubano Leal, que fez 220 pontos e está em décimo no ranking dos dez mais bem colocados estabelecido pela CBV.

Já nas defesas, o SESI-SP foi o líder isolado no campeonato, com 891. Serginho, líbero paulista, foi quem mais defendeu: 268 vezes! Mas quem levou o troféu foi seu "xará", também líbero, do Sada/Cruzeiro.

Quando o assunto é levantador, Marcelinho leva vantagem com 625 bolas para cima. O melhor levantamento da Superliga foi da equipe de Juiz de Fora, com Danilo Gelinski. E o prêmio melhor levantador, como já era de se esperar, ficou com o jogador de número 7, William Arjona - mais conhecido como "O Mago". A melhor recepção em disparado foi de Murilo Endres, do SESI-SP. Com isso, o ponta ganhou como o melhor dessa edição. A melhor recepção também é da equipe paulista.

Os 10 maiores pontuadores da temporada 2012/13 da Superliga

O ponteiro Ricardo Lucarelli foi o maior pontuador da temporada 2012/13 do campeonato Créditos da Foto: Portal Lancenet

1° Lucarelli (Minas) com 370 pontos

2° Rivaldo (Medley/Campinas) com 365 pontos

3° Luan (UFJF) com 340 pontos

4° Lucão (RJX) com 327 pontos

5° Wallace (Sada/Cruzeiro) com 323 pontos

6° Lorena (SESI-SP) com 320 pontos

7° Vinícius (Volta Redonda) com 292 pontos

8° Leonardo (Volta Redonda) com 281 pontos

9° Filip (Minas) com 275 pontos

10° Leal (Sada/Cruzeiro) com 273 pontos

Mariana Miquelino

@marianagermana

A Superliga Feminina 2012/2013 terminou com certo clima de surpresa. A vitória do Unilever, depois de já ter perdido dois sets, sobre o Sollys/Nestlé não era esperada nem mesmo pelos torcedores do time carioca. Definitivamente foi um dia de superação tanto física quanto emocional para as jogadoras que defenderam a camisa azul.

Outro aspecto que surpreendeu foi a boa atuação da levantadora Fofão, 43 anos, que sofria com um desconforto na panturrilha. Contrariando a opinião de muitos acerca de sua idade, liderou a recuperação de sua equipe na partida, faturando ainda o Troféu VivaVôlei, que premia o melhor desempenho em quadra. Além disso, conquistou um feito inédito: é a atleta mais velha a ganhar a Superliga.

Entretanto, passado o momento de euforia, uma análise cautelosa do campeonato e de seu histórico faz com que nos questionemos sobre o futuro da competição e o papel da CBV (Confederação Brasileira de Vôlei) como órgão fiscalizador. Será mesmo justa a realização de nove finais consecutivas entre as equipes destacadas? 

É bem verdade que a escalação dos times é limitada por um ranking divulgado pela CBV, no qual as atletas recebem uma nota de 0 a 7 de acordo com a sua qualidade técnica, carreira e o desempenho na temporada anterior. Cada time pode contratar apenas três jogadoras que obtiveram a pontuação máxima, somando um total de 32 pontos pelo grupo. Contudo, tal mecanismo não impediu que o Sollys/Nestlé entrasse em quadra com um elenco que parecia ser a seleção nacional. E não é por ser carioca que faço a crítica: o Unilever esteve na mesma situação em anos prévios. A questão foi levantada por Zé Roberto Guimarães, técnico da equipe Vôlei Amil e também encarregado do comando da seleção, em uma entrevista à emissora SporTV e de fato a eficácia do sistema deveria ser reavaliada.

A premiação das melhores jogadoras da temporada foi dominada pelas representantes do time paulista: Fabíola (melhor levantadora), Fernanda Garay (melhor atacante), Camila Brait (melhor defesa) e Jaqueline (melhor recepção) levaram troféus individuais para casa. Também se destacaram Neneca, do Rio do Sul, com melhor saque e Juciely, do Unilever, com melhor bloqueio. 

A temporada foi marcada pela revelação de novos talentos, a exemplo da própria Neneca (responsável por 287 pontos, oitava maior marca da competição segundo dados da CBV), da ponteira Ellen (Pinheiros) e da também ponteira Gabi (Unilever), que com apenas 18 anos enfrentou a responsabilidade de virar bolas fundamentais no maior clássico nacional. 

A participação estrangeira esteve bastante representativa: contamos com a búlgara Vasileva (Vôlei Amil), as americanas Logan Tom (Unilever) e Danielle Scott (Banana Boat/Praia Clube), as cubanas Daymi Ramirez (Vôlei Amil) e Herrera (Banana Boat/Praia Clube) e a canadense Sarah Pavan, que defendeu o Unilever e obteve 325 pontos, terminando como terceira maior pontuadora. Em entrevista, Bernardinho explicou que o vôlei nacional está valorizado: “Foi muito difícil, o mercado está muito inflacionado, com uma competitividade muito elevada. Tivemos que ir ao mercado externo para tentar reforçar a equipe”. 

Agora começam as especulações acerca das contratações para a próxima temporada e dos nomes a serem chamados para integrar a seleção, que participa da Montreux Volley Masters, na Suíça, a partir de 28 de maio, mas esse assunto fica para a próxima publicação.

Para iniciarmos o Linha das 5, nada mais coerente e justo que começarmos a falar sobre a origem do vôlei, suas curiosidades durante a sua evolução, como ele chegou ao Brasil e de que forma ele se tornou a potência que nos é apresentada hoje.

A ideia do vôlei surgiu em 1895, quando o americano William George Morgan, que assumira naquele ano a função de professor de educação física na faculdade YMCA (Associação Cristã de Moços) de Holyoke, Massachusetts (EUA), tentava criar uma nova competição em quadra coberta que pudesse ser praticada pelos seus alunos.

Antes de se formar na faculdade da YMCA, Morgan conheceu James Naismith, que havia criado o basquete em 1891. No entanto, o basquete era muito intenso e com muito contato físico, o que era um atrativo para os jovens. E a intenção de Morgan era criar um jogo recreativo que ao mesmo tempo fosse competitivo e sem contato físico, para atrair o público mais velho. Morgan tinha seu esporte, batizado por ele de Mintonette.

No início de 1896, uma conferência foi organizada na faculdade YMCA de Springfield, na qual estiveram presentes todos os professores de educação física da YMCA. Morgan, então, foi convidado pela direção para fazer uma demonstração de seu jogo no ginásio recém inaugurado da faculdade.