A legião estrangeira da Superliga 2012/2013

16:39

Nathália Farias
@nath_fv


A Superliga 2012/2013 aumentou o número máximo de estrangeiros nesta temporada. Até a edição passada, as equipes femininas podiam contar com dois atletas de fora do país e as masculinas com apenas um. Agora, homens e mulheres podem ter dois estrangeiros por time. Para atletas e técnico, esse número ainda está dentro do ideal e a mescla é interessante.

Como já dissemos, os times precisam respeitar um ranking de atleta. Cada elenco pode somar 32 pontos e jogadores de ponta, por exemplo, equivalem a sete pontos. Já os estrangeiros significam zero. Isso que dizer que ter mais estrangeiros pode ser uma grande e valiosa ajuda para montar as equipes.

O que se pode perceber nesta Superliga é que os times de ponta não ignoraram os atletas de fora do Brasil. O Sada/Cruzeiro tem no elenco dois cubanos: Sanchez e Leal, além de seu técnico argentino Marcelo Mendez, o extinto Medley tinha o cubano Rolando Jurquin que nesta temporada defenderá a equipe de Taubaté, o Vivo/Minas conta com três estrangeiros: o tcheco Filip e os argentinos Rodrigo Quiroga e Horácio Dileo, técnico da equipe.

Já no lado feminino, a Unilever contou com a norte-americana, Logan Tom e com a canadense Sarah Pavan, o Vôlei Amil  teve a búlgara Elitsa Vasileva e a oposta cubana Daymi Ramirez. Já o Praia Clube contou com a  ponteira cubana Herrera e a central norte-americana Danielle Scott-Arruda.

Logo no início da temporada tivemos diversos depoimentos de jogadores ressaltando que este intercâmbio na Superliga seria essencial para aumentar o potencial do vôlei nacional, apesar de haver jogadores nacionais excelentes e que esta mescla faz parte das principais ligas de vôlei do mundo, com grande destaque da liga italiana e russa. Um exemplo é do depoimento do jogador Dante, do RJX, que apesar de não possuir nenhum estrangeiro em sua equipe, ressaltou a importância de tal ferramente: "Muito bom, acho que tem que ter esse intercâmbio e abrir o mercado para os estrangeiros. Eles dificultam os jogos ainda mais e elevam o nível da Superliga. Sou completamente a favor de dois estrangeiros", disse.

Histórico dos estrangeiros no campeonato


O argentino  Rodrigo Quiroga foi um dos destaques da Superliga 2012/2013
Créditos: Divulgação/Minas Tênis Clube

No início, até estranhamos estes estrangeiros na Superliga, mas com o decorrer do campeonato percebemos que a nossa paixão pelo vôlei avança qualquer fronteira. Quem não torceu para que o Leal chegasse logo ao saque para ver o espetáculo deste fundamento? E os cariocas que ficaram boquiabertos com a atuação do oposto Filip contra o até então líder do campeonato em plena semi final no Maracanãzinho? Quem não torceu pela Herrera e Sara Pavan? E quem não ficou perplexo com a simpatia de Logan Tom? Mas o estrangeiro que realmente se destacou foi Rodrigo Quiroga. O argentino, que é fã de Metallica, recebeu o prêmio de melhor jogador da semi da Superliga Masculina, mesmo tendo entrado apenas no segundo turno do campeonato por ter passado por cirurgia no joelho e longa recuperação. 

O Vivo/Minas é uma das equipes que sempre valorizaram os talentos estrangeiros. Nas últimas temporadas, a equipe de minas teve vários atletas de fora do país. Na temporada de 2009/2010, teve o norte-americano Riley David Salmon. Na seguinte, contou com outro atleta do mesmo país: o central Russell Holmes, que foi consagrado o melhor bloqueador da temporada.  Já na Superliga de 2011/2012, a equipe contratou o tcheco de Filip Rejlek, que foi o terceiro maior pontuador do campeonato, com 461 pontos. Na última temporada, com a mudança no regulamento do ranking, o clube mineiro contou com dois estrangeiros: o já conhecido pela torcida, Filip, e o capitão da seleção Argentina, Rodrigo Quiroga.

Desta forma, esperamos que estes e mais estrangeiros permaneçam na Superliga não só para que os jogos sejam mais equilibrados e disputados ponto a ponto, set a set. O que nos resta é rezar e torcer para que isso aconteça!

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